Guerreiras Amazonas - A Lenda das Icamiabas
"Conta a lenda que, há muito tempo , na Floresta Amazônica, existiu uma tribo indígena da grande nação “Tupi”, constituída unicamente de belas mulheres, livres e independentes, sem maridos, excelentes arqueiras e bravas guerreiras na defesa de sua gente, da floresta e de suas riquezas: as “Icamiabas “ .
Após o ritual amoroso
com os “guacaris”, sob as bençãos da deusa-lua, as amantes guerreiras
mergulhavam nas águas purificadas do lago e buscavam no fundo um barro, com o
qual moldavam um amuleto, " o muiraquitã ", em diversas formas: rãs,
tartarugas, peixes entre outros. A mais famosa era em forma de rã, de cor
verde, que era presenteada por cada amante ao seu amado, como amuleto de sorte,
fertilidade e proteção da divindade lunar.
Diz
a lenda que o fruto desse encontro amoroso, quando menino ficava sob proteção
do pai; se menina fosse, seria educada pela mãe segundo as tradições ancestrais
das “ Icamiabas”. curiosidades sobre a lenda
As Icamiabas foram chamadas de “Amazonas” , primeiramente pelo Frei Gaspar de Carvajal - cronista da épica viagem do espanhol Francisco de Orellana, que entraria para história como o primeiro contato da “civilização” com a Amazônia. O relato minucioso de Carvajal, do famoso encontro com as “Amazonas” – em 24/06/1542, suscitou o fascínio e o mistério junto aos viajantes e aventureiros europeus. As Icamiabas foram chamadas de “Amazonas” por analogia ao mito grego – Ásia Menor, de mesmo nome, muito conhecido na Europa, mas também com registros nas culturas pré-helênicas que viviam às margens do Mar Negro (Cítia) e ao norte da África.
O mito das Amazonas, segundo tese de Johann Jakob Bachofen, intitulada “O Matricarcado”, faz referência a uma das fases do poder político-sócio-religioso da mulher na história primitiva; as Amazonas, cujo nome deriva do grego “ amadzón” - “a” (não) e “madzós” (seio) – sacrificariam sua feminilidade mutilando um dos seios, não apenas para combater como um homem, em sua luta com o masculino pela independência, mas também para fortalecer a Grande Deusa grega da matrilinhagem, da abundância, da caça e dos animais: “Ártemis” , também conhecida como “Diana de Éfeso”, que em uma de suas muitas representações, foi esculpida com um manto cheio de seios, símbolos dos seios a ela sacrificados pelas Amazonas.
A fama das “Amazonas” da América do Sul, as Icamiabas, se espalhou pela Europa, para o que muito contribuiu a descoberta dos muiraquitãs em jadeíta, nas proximidades dos rios Nhamundá, Trombetas e Tapajós – afluentes do Baixo Amazonas, no início da colonização Amazônica, pelos portugueses.
A lenda deu origem ao nome da grande bacia da região, ao seu principal
Rio, bem como a um dos Estados do Brasil - a região constou na
cartografia européia dos séc. XVII e XVIII, com o nome de “País das
Amazonas” ou “País das Pedras Verdes”, separadamente do “Brasil”, como
é o caso do mapa de “Pieter van der AA/Século XVIII – Pays des
Amazones”, publicado no livro Espelho Índio: A Formação da Alma
Brasileira/ Roberto Gambini. – São Paulo: Axis Mundi/Terceiro Nome,
2000).
O “Muiraquitã” possui formas e cores variadas – peixes, sapos e
tartarugas; em cores de azeitona, leitosa ou escura - sendo o mais
famoso em forma de sapo/rã e de cor verde (jade). Atualmente, poucos
são os exemplares existentes na região; Estão expostos nos grandes
museus do mundo e fazem parte de coleções particulares. Os(as)
amazônidas fazem uso do amuleto em forma de réplicas fabricadas pelos
artesãos locais, em cerâmica e outros materiais. IARA
Para quem viaja pelos rios da Amazônia, a Iara pode ser um perigo, pois encanta o navegador e puxa os barcos para as pedras. Atônito, o pobre homem só se dá conta da tragédia quando já é tarde demais para se desviar.
Quem vê a Iara nunca mais a esquece. A sabedoria cabocla diz que o caçador que no meio da mata ouve um canto irresistível de mulher deve rezar muito e tentar sair logo do local. Mas poucos seguem a orientação dos mais sábios. Ao ouvir a Iara, não há homem que não a busque nas matas até a beira do rio onde a mitológica mulher pode ser vislumbrada.
Ao vê-la, os homens enlouquecem de desejo e são capazes de segui-la para onde for. Há os que contam terem sido levados para as profundezas, nos braços da Iara. Vêm de lá descrevendo o reino das águas como sendo de infinita beleza e de riquezas intocadas de onde nada se pode trazer. Quem se aventura a trazer algo de lembrança, é castigado com doença que só se cura com os trabalhos de alguma benzedeira poderosa das redondezas.
Há entre os índios a lenda do Jaguarari, índio forte e guerreiro da tribo Tuxaua que apaixonou-se pela Iara. Na tribo não havia ninguém mais forte e de bom coração do que Jaguarari. Todos o admiravam, tanto os homens, quanto as mulheres. Até que um dia, quando Jaguarari saiu em sua igara para pescar avistou uma bela morena nua a se banhar e cantar na margem do rio, na sombra de um Tarumã. Jaguarari ficou paralisado e de pronto se apaixonou.
Desde então, saia para caçar ou pescar, mas sua única intenção era mesmo encontrar a Iara. Voltava tarde da noite da pescaria sempre triste. Nem parecia mais o belo índio de antes de visão. Sua mãe perguntava, o pai aconselhava, mas nada de Jaguarari voltar a ser como era antes.
Até que um dia, de tanto a mãe insistir em saber o motivo de sua tristeza, Jaguarari confessou estar apaixonado pela visão que tivera aos pés do Tarumã. Disse que à noite quando tentava dormir, a única coisa que ouvia era o inebriante canto da Iara.
Ao ouvir a revelação, a mãe desesperou-se! Jogou-se aos pés do filho e pediu-lhe chorando que nunca mais voltasse lá.
Mas a promessa nunca pôde ser cumprida, pois Jaguarari já estava enfeitiçado. Numa noite de luar, ela cantou tão forte que o belo índio levantou-se e correu para a margem do rio. As águas então se abriram e desde então Jaguarari desapareceu para sempre nos braços da Iara.
Curupira
O curupira é descrito como um menino de estatura baixa, cabelos cor de fogo e pés com calcanhares para frente que confundem os caçadores.
Além disso, dizem que o curupira gosta de sentar nas sombras das mangueiras e se deliciar com os frutos, mas se ele sentir que está sendo vigiado ou ameaçado, logo começa a correr a uma velocidade tão grande que os olhos humanos não conseguem acompanhar.
Muitos dizem que existem curupiras que se encantam com algumas crianças e a levam embora para longe dos seus pais por algum tempo, mas são devolvidas quando atingem mais ou menos os sete anos de idade.
Com isso, as crianças "sequestradas" e posteriormente devolvidas, nunca voltam como eram, em razão do fascínio que passam a sentir pela floresta onde viveram.
Para proteger os animais, o curupira usa mil artimanhas, procurando sempre iludir e confundir os caçadores, utilizando gritos, assobios e gemidos, fazendo com que o caçador pense que está atrás de um animal e vá atrás do Curupira, e este faz com que o caçador se perca na floresta.
Ao aproximar uma tempestade, o Curupira corre toda a floresta e vai batendo nos troncos das árvores. Assim, ele vê se elas estão fortes para aguentar a ventania. Se perceber que alguma árvore poderá ser derrubada pelo vento, ele avisa a bicharada para não chegar perto.
O Curupira também pode encantar os adultos. Em muitos casos contados, o Curupira mundia os caçadores que se aventuram a permanecer no mato nas chamadas horas mortas. O encantado tenta sair da mata, mas não consegue. Surpreende-se passando sempre pelos mesmos locais e percebe que está na verdade andando em círculos. Em algum lugar bem próximo, o Curupira está lhe observando: "estou sendo mundiado pelo Curupira", pensa o encantado.
Daí só resta uma alternativa: parar de andar, pegar um pedaço de cipó e fazer dele uma bolinha. Deve-se tecer o cipó muito bem, escondendo a ponta de forma que seja muito difícil desenrolar o novelo. Depois disso, a pessoa deve jogar a pequena bola bem longe e gritar: "quero te ver achar a ponta". A pessoa mundiada deve aguardar um pouco para recomeçar a tentativa de sair da mata.
Diz a lenda que, de tão curioso, o Curupira não resiste ao novelo. Senta e fica lá entretido tentando desenrolar a bola de cipó para achar a ponta. Vira a bola de um lado, de outro e acaba se esquecendo da pessoa de quem malinou. Dessa forma, desfaz-se o encanto e a pessoa consegue encontrar o caminho de casa.
Um comentário:
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