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sábado, 22 de setembro de 2012

LENDAS DA REGIÃO NORTE PARTE 1

As Lendas Amazônias fazem parte da cultura da região norte,como muitos dizem e o sangue que corre na veia de todas as pessoas que vivem,nasceram e creceram aqui tem orgulho de ter,nessa postagem nos apresentaremos essa parte tão importante de nossa linda e  maravilhosa  cultura.
A Lenda Do Boto


Quem viaja pelo interior de qualquer estado da Amazônia já ouviu falar da lenda de um belo rapaz desconhecido, de roupas brancas, sapatos brancos e o característico chapéu branco que busca encobrir parte do rosto e o buraco que traz no alto da cabeça: é o boto!

Nas festas ou à beira de trapiches, sempre haverá, segundo a crendice popular, um boto a espreitar alguma moça ingênua e, de preferência, virgem ou menstruada. Alguns descrevem até o andar da visagem: dizem que é meio desajeitado e que muitas vezes locomove-se com certa dificuldade pelo pouco hábito em terra firme. Outros já o descrevem como alguém muito alinhado, porém calado demais para os costumes da região. Por isso, logo se desconfia de que é algo sinistro.

No entanto, para as moças novas que porventura estejam a olhar alguma festa de interior, nada de estranho o boto lhe parece. Muito pelo contrário! A paixão é à primeira vista! Quando se dão conta já foram conquistadas.

Contam os caboclos que depois que o Boto consegue o que quer, ou seja, conquistar a moça escolhida, sai na carreira e se joga no primeiro braço de rio ou igarapé. Nessa hora é que todos se dão conta de que não era um rapaz qualquer, mas o boto!
A Lenda Da  Vitória Régia
A mais linda e emocionantes lenda de nossa região em minha humilde opinião,reflete a cultura e a beleza quase inocente desse  amor impossivel.

Conta a lenda que uma bela índia chamada Naiá apaixonou-se por Jaci (a Lua), que brilhava no céu a iluminar as noites. Nos contos dos pajés e caciques, Jaci de quando em quando descia à Terra para buscar alguma virgem e transformá-la em estrela do céu para lhe fazer companhia. Naiá, ouvindo aquilo, quis também virar estrela para brilhar ao lado de Jaci.
Durante o dia, bravos guerreiros tentavam cortejar Naiá, mas era tudo em vão, pois ela recusava todos os convites de casamento. E mal podia esperar a noite chegar quando saia para admirar Jaci, que parecia ignorar a pobre Naiá. Esperava sua subida e descida no horizonte e já quase de manhãzinha saia correndo em sentido oposto ao Sol para tentar alcançar a Lua. Corria e corria até cair de cansaço no meio da mata. Noite após noite, a tentativa de Naiá se repetia. Até que adoeceu. De tanto ser ignorada por Jaci, a moça começou a definhar.
Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse para ir em busca da Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um igarapé. Quando acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas claras do igarapé a fizeram exultar de felicidade! Finalmente estava ali, bem próxima de suas mãos. Naiá não teve dúvidas: mergulhou nas águas profundas, mas acabou se afogando.
Jaci, vendo o sacrifício da índia, resolveu transformá-la numa estrela incomum.

O destino de Naiá não estava no céu, mas nas águas a refletir o clarão do luar. Naiá virou a Vitória Régia, a grande flor amazônica de águas calmas que só abre suas pétalas ao luar.

A Lenda Da Mandioca
Linda e Emocionante

Todos os índios tem pele morena. Uns mais, outros menos, de acordo com cada região e com a nação a qual pertencem. Apenas Mani nasceu diferente. Era branca como o leite e tinha os cabelos mais amarelos que as espigas de milho maduras.
Muito antes de nascer, o cacique já havia sido avisado de sua vinda. Em sonhos, um espírito branco havia contado que eles ganhariam um presente sagrado de Tupã.
Quando nasceu, Mani, apesar de tão diferente, não chegou a causar espanto, mas encanto! Todos queriam vê-la e tocá-la, pois ela era um presente vindo de Tupã.
E por ser diferente, chamava muita atenção. Todos diziam que ela era a mais bela índia que havia nascido na terra. Na tribo era tratada com uma jóia, uma coisa rara que eles deveriam preservar.
Mas tanto cuidado não evitou que Mani adoecesse como qualquer outra criança. Não teve reza nem remédio do pajé que desse jeito. A índia branca, para a desolação de todos, veio a morrer.
Aos prantos, a tribo escolheu um local bem bonito para depositar o alvo corpo de Mani. E todos os dias, aqueles que tinham saudades, iam ao túmulo. Com o tempo, veio a Primavera. As flores e plantas novas começaram a brotar. Um dia alguém notou que onde Mani foi enterrada nasceu uma planta que ninguém conhecia. Ela era tão estranha quanto Mani quando nasceu.
Todos ficaram felizes e todas as manhãs regavam o pequeno vegetal que crescia cada vez mais.
Um dos índios cavou ao lado da planta e encontrou a raiz que mais parecia um caroço, um nódulo, uma batata. Partindo o pedaço da raiz viram que dentro era tão branco quanto a pequena Mani. Era como se a criança tivesse voltado naquele estranho vegetal de raiz esquisita. Por isso, deram-lhe o nome de "Mani oca", ou "carne de Mani". Depois a palavra acabou virando Mandioca como a conhecemos atualmente.
 




 

 

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